story:tell:her

14.12.05

Amanhã/o-me

As nossas manhãs são uma dramédia. Quem me dera que fossemos as duas carecas e nunca estivesse frio para collants. Eu não uso, mas aprisiono-lhe as pernas quase sempre. Vale-me o CD das doidas para a distrair.
Tenho cá para mim que as mães de filhos pequenos deviam entrar uma hora mais tarde do que todos.
Solavanco-me com a tosse dela e espero pelo melhor, que é como quem diz que não tenha febre.
Ofereci-me mais dez minutos de atraso para poder vir sentada no comboio e encarreirar um verde musguinho no castanho do gorro. Que agora me parece pequeno.
Baixo os olhos.