story:tell:her

31.8.08

what's my point?*

As amizades, assim em bom, precisam de tempo para se entrincheirar; para partilhar e construir uma memória; para fruir as comunalidades e dispersar as idiossincrasias.
Ontem, mais uma vez, arrastei uma mistura de tolices, intimidades, circunstâncias, sofrimentos e risos pelas pedras da calçada. Descascámos o verão, numa purga terapêutica de verdades, verdadinhas e, quiçá, equívocos fantásticos. Só por isto, já teria valido a pena construir na blogosfera.
Se calhar, aproveitamos para pausar por aqui. Fizemos gosto.


*a Pública de hoje tem uma peça sobre o Dude. Foi um dos primeiros filmes que vi em cima. Gostei de todos, preferi o Donny.

2008/2009

Amanhã é dia de ano novo.
A pisca será uma menina da sala verde, haverá uma lista de material na porta e vou arranjar uma ginástica fora da escola que a canse (a miúda procura consistentemente o maior segmento possível de corrida na sala, pula desmesuradamente entre o sofá e o fatboy e eu já não posso ignorar mais isto).
Eu, que não tenho cadernos novos, comprei umas botas maravilhosas e tenciono resgatar em mim um rabo de cavalo, ou, pelo menos, um pincelinho de barba.
Entre uma e outra coisa, todos os dias serão nossos.

28.8.08

a sapiência universitária, o mundo animal e a creche fechada

[em frente à entrada da nave-mãe, expliquei-lhe a simbologia do mocho]

À saída:
- ò mamã conta-me lá outra vez aquilo do morcego.

27.8.08

Amizade é ...

you're no spring chicken

Quase vinte anos depois é isto que se ouve dum gajo que vive debaixo do chão numa pedrita.

24.8.08

Então, as férias?

Amanhã (re)começa a conversa do costume. Então, as férias? É como depois do Natal. Então, o Natal?
As férias passam-se, pá.
Houve alturas em que as férias eram intermináveis, arrastadas entre a biblioteca da Junta e a sala, quando não havia televisão antes das cinco da tarde e depois se viam os documentários do fundo do mar e tal. Aquilo nem devia ser editado porque em boa verdade nunca mais acabava (é que o mar é muito grande e tem muito fundo). Como eram as férias.
Agora as férias são diferentes. Aliás, chamar-lhe férias é assim um hábito, um anacronismo, uma espécie de membro fantasma. As férias agora parecem mais conjuntos seguidos de fins-de-semana.
Depois há aquele pormaior, os miúdos. As férias dos pais nunca mais são como as férias dos filhos. Uma família alargada, sitiada num local que, mesmo quando hóspito, é falho das referências que geoposicionam cada um.
O direito a férias é parcimónio porque o legislador era um homem sábio.

birkinolage

...

[na verdade é uma kelly, mas lixa-me o título]

silly season - le grand finale


Estava convencida que era uma espécie de calquito e queria uma osga. Recebi uma recusa suave (o desenho era muito pequeno e difícil) e um sinal para as borboletas, que é como quem diz "as miúdas gostam é destas coisas". Afinal, um cliché é um cliché, que é um cliché (1).
E assim sendo, esta manhã, no areal, um rapaz pousou-me um lepidóptero a tinta da china, logo acima da mama esquerda. Vou passar a tarde a testar decotes (2).

(1). a menina obrigou-me a prometer-lhe uma igual, para quando for crescida, se é que tal epíteto se me aplica.
(2). deus me livre se a hierarquia me vê isto.

23.8.08


precioso

cGac


a_cervo


...

Envelhecemos todos.

little portugal

Podia dizer muitas outras coisas, mas apesar, ou para além, é um clássico cá do rectângulo.

12.8.08

caramulo (II) - escatologia serrana

- Ò mamã, lá no Caramulo há casa de banho?
- Sim.
- Ainda bem. É que quando lá chegarmos eu vou fazer cocó.

caramulo (I) - urbi et orbi

(na subida da serra)
- Ò mamã, daqui vejo o país inteiro!

7.8.08

le fabuleux destin

hier soir, avec amélie