story:tell:her

31.3.09

i wonder

shall i put a little something in the lemonade?

kyoto revisited

lying on the monitor of the night before, with a stranger typed next to me

30.3.09

you're always a day away

i just stick out my chin and grin
estou em dizer que o senhor oliveira também ficou desolado com a capa da playboy
o meu despacho obriga-me a, quotidianamente, enfrentar as putativas escolhas que não fiz; acabo de teclar fantasias maravilhosas com inflações e matérias negras; melhor, superinflações e matéria negra criadora de estrutura; chique a valer; ainda assim regozijo-me com a trivialidade de as minhas cadeiras terem sido aparafusadas com instrumentação precisa, inventariada num qualquer instituto nuclear
hoje à noite, em estando derreada com o serviço público, sou capaz de ir merendar uma dose de bifinhos à esquina; aproveito a pega da criança - cuja escatologia lhe é reconhecidamente cara - e entabulo com o senhor oliveira sobre as vicissitudes do lacre electrónico; pode ser que isso me acalme a solitária que me destripa
i'm wearin' my heart like a crown
se eu não fosse uma mulher elegantíssima, cheia de nuances cor de canela, com esta simpatia toda que distribuo de forma aparentemente gratuita pela academia e arredores, se a minha carta para a semana não fosse a estrela e eu pusesse muita fé nos movimentos planetários, se por acaso eu hoje não tivesse combinado com a minha amiga que sim, que estamos muito bem dispostas (the pretenders), se os poucos, pouquíssimos, emails que vão chegando não me tivessem apaziguado alguma ansiedade relativa a tramitações em curso, se não fosse isto tudo, eu mandava a informática da universidade p'ó car... num mavioso estilo johnny guitar late 90's

29.3.09

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (10) o poker
embora sempre na mira de um flush, escolhe-se frequentemente entre o bluff ou a mínima de mão
preparei um kir levezinho e lembrei-me do senhor oliveira; aposto que é apreciador de rosé

numa casa de época (cont.)

as ventanias temperam os tachos com as memórias das refeições do natal passado; os exaustores não passam de resguardos inoxidáveis da contemporaneidade
actually, duvets are a girl's best friend
pela manhãzinha, recebo ao telefone o relato da noite, embrulhada sob novas circunstâncias; reconheço-lhe na voz o pequeno prazer, repetido em cada volta do sono; era uma vontade antiga, anulada pela conjugalidade oficial; agora, atira-se na confiança dos braços abertos e aterra satisfeita na volúpia de uma vontade macia e quente

27.3.09

o sexo é um jogo (cont.)

de bola: (1) o rugby
pode ser à bruta e com dor, mas no final abraça-se com lealdade o adversário; diz-se que há equipas que não usam roupa interior
com tanta série, este blog parece um canal por cabo

numa casa de época (cont.)

a felicidade chega por vezes sob a forma de uma sextavada 4,5; agora na sala já temos um sofá, um balancé, uma cadeira funcional e dois pares de pernas de inox, desconchavadas, mas promissoras

numa casa de época (cont.)

os roncos da canalização assustam-nos mais do que os esqueletos que chocalham em americano no cartoon network

twittar os clássicos infantis (cont.)

mesmo que os anões estivessem no twitter, as frequentes quebras de rede na mina não os deixariam chegar a tempo de desdentar a maçã da miúda

o sexo é um jogo (cont.)

de tabuleiro: (1) o scrabble
entre deixar o outro sem palavras ou promover-lhe os vocábulos, todas as vitórias serão nossas

o sexo é um jogo (cont.)

de computador: (1) o tetris
à medida que se desce de nível é cada vez mais fácil encaixar a tempo

os issos de género (cont.)

mesmo difícil é retirar informação relevante das histórias de vida para por_no_gráfico

os issos de género (cont.)

como será que as estudiosas de género lidam com os contributos seminais?
acabo de sentar umas provas ao lado do camarada que só comia batatas; repensámos os sindicalistas e as hipotecas, não aderindo a nenhuns; e mais o estado previdência; e mais o nicholas barr; qual será a sentença do senhor oliveira sobre os (em)préstimos da educação? at the end of the day era isso que o amaricano da mesa devia ter perguntado; com sorte e em passando hoje por volta das oito, eu twitava-lhe a resposta amanhã
e enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem dum copo vazio
como diz a minha amiga, eu também não tenho saúde para metáforas; o meu email está-me mesmo privado; priva-me dele, portanto

26.3.09

numa casa de época (cont.)

as varandas puxam facilmente as memórias de uma clubmaster; como já lavei os dentes, divirto-me a adivinhar qual será a marquise do senhor oliveira

os issos de género (cont.)

finalmente elucidada sobre as propriedades organolépticas de uma brazilian wax, descubro também que ele há homens capazes de um verdadeiro salto evolutivo; munidos de uma máquina de barba, aventuram-se noutros hemisférios e nem precisam de tartarugas

numa casa de época (cont.)

moram putativos exterminadores; estes arnaldos desconhecem-se frequentemente e o chamamento pode demorar anos a chegar, mas quando ecoa assusta até as nessies da canalização; home sweet home o camandro, home fumigated home

numa casa de época (cont.)

não há lugar para objectores de consciência; logo à tarde, depois do serviço público e da marcação queratínica na eliete, atiço-me à diáspora dos insectos sociais

início da série: os issos de género

agora que me caiu a fitinha do pulso, afroxou o fecho do relógio e me descivilizei, ando despida de acessórios; procuro assim um enfeite anelar, desejo que alterno com um canhão de borracha leve com mais mostradores do que horas do dia
sabendo bem que, desassumidamente, catrapisco um cachucho de brilhos, experimento uma resina muito cool, muito understated, muito... unissexo! caramba, desde quando é que há anéis unissexo? aliás, gajos de anel têm um travinho e, em havendo opção, as miúdas preferem os que só cortam as unhas
ocorre-me ainda que deveria apreçar o estado do mindinho do senhor oliveira

25.3.09

início da série: numa casa de época

há por vezes uma neo-breed de formigas, mais pequenas e dissimuladas, que condomina as irregularidades dos tacos

twittar os clássicos infantis (cont.)

se o arauto do rei convocasse o baile pelo twitter, a cinderela teria tempo para desencavar uma fada-madrinha e uma boa abóbora?

?

lembro-me de a minha mãe se queixar que os electrodomésticos se avariam todos ao mesmo tempo; agora se me findaram o pó-terra e o toque-claro, o que devo fazer:
1) negociar um vale com o senhor oliveira
2) meter baixa
3) vigiar o frigorífico

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (9) o uno
começa por parecer engraçado, aquele referencial juvenil, mas isto do gap de gerações não é uma invenção pós-moderna; ele há-o

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (8) a copa
é o jogo preferido dos trintões cínicos, intimamente aterrorizados com mais quarenta anos disto

início da série: twittar os clássicos infantis

se a carochinha tivesse twitter, será que o senhor oliveira caía no caldeirão?
guio um automático com 1900cc; sou uma querida nas entradas das rápidas, mas não me putem na saída bichosa da cril para a segunda circular

24.3.09

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (7) a paciência
self-explanatory

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (6) o keims
esgalha-se um de cada naipe e no fim grita-se a vitória o mais depressa possível

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (5) o burro em pé
apesar de ser um clássico, há quem nunca lhe consiga apanhar o jeito

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (4) a espadinha
é tudo uma questão de expectativas; uma aposta a dois

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (3) o crapaud
o par, as treze cartas presas; começa-se com o às e a mesa ordenada fecha-se com o rei

o sexo é um jogo (cont.)

de cartas: (2) o king
é cada um por si, com alianças ou sacanagens ocasionais; há variedade para todos os gostos e no final cada um tem a sua festa

início da série: o sexo é um jogo

de cartas: (1) a sueca
ele há pares, cumplicidade, trunfos, manilhas e muita fantasia nórdica

info-inclusão de bairro

estou louquinha para saber se o senhor oliveira acede à internet; se já terá as senhas para o IRS; se espiolha gajas; se emaila aos seus segurados; se podcasta os relatos; vou deixar um recado no café: o senhor twitta?

ao blog

estarei eu par'dá-lo ou 'bor'dá-lo?

140 cars per twitt ou os limites de velocidade

gosto de haikai, greguerias, letras de músicas e, sim, sms; adoro títulos; tenho muitas palavras favoritas; imagino que o chico também seria um rei no twitter; gosto de aforismos; hei-de aprender a praguejar, em curto; 140 é para meninocas, vou exercitar-me e começar a descer...

dezoito anos é muito tempo, muitos dias, muitas horas sem ir à dimofel

com um twitter (tweeter), vem sempre um wolfer (woofer)

dos clássicos

tweet, the house bird

23.3.09

bon voyeuse

hum, afinal há cadeadinhos; social ma non troppo; me gusta la ventana
parece-me que não twittar o the new york times não é uma opção da gente bonita
que prazer é ter um blog e não o fazer / postar é uma maçada / twittar é nada / o sol doira sem internet