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17.1.05

A mudança

Parece que agora é que vamos mesmo mudar de casa. Só deixei ficar roupa para alguns dias no armário velho. Apercebi-me que tenho roupa demais que uso de menos. Para além das T-shirts brancas tenho tendência para calças de algodão bejes. As Gap iniciais já estão rotas. Resgatei o meu vestido cinzento Moji, que comprei em Londres e só usei uma vez porque fiquei logo grávida e chubby. E lá estava o casaco de pele comprado em 2ª mão na Feira da Ladra, com a Pat, o blaser de veludo azul escuro do Quartier Latin, também com a Pat, as Levis's tamanho 27, o colete de pêlo azul de Amsterdão, a camisola vermelha do Natal. Ficaram ainda muitas coisas para usar no coração, mas uma das banheiras da casa velha está cheia de roupa para dar. Foi o único sítio que me ocorreu para evitar que a Mariana se afogasse em camisolas. Está tão rápida que a perco de vista em milissegundos. Parece ubíqua. Preocupa-me a dinâmica de movimento da casa nova, que tem vários andares. A ver.

Vamos ter este relógio na cozinha. A Mariana desenvolveu uma adoração por relógios. São os ta-ta. Assim que descobre um abana a mão de um lado para o outro, ta-ta, ta-ta, ta-ta...