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25.1.05

Casa nova

Mudámos. Ou melhor, estamos lá nós e mais as nossas coisas (muitas coisas, muitas mais do que alguma vez pensei que tivéssemos ou que teoricamente gostaria de ter), mas em boa verdade continuamos iguais. Só mais cansados e um terço de nós com mais meio dente. Ainda não estamos propriamenete a viver na casa nova. Estamos lá, a aprender a viver. Ontem fui, provavelmente pela última vez, à casa velha. Está vazia, o que é esquisito, mas ainda me parece a minha casa. Claro que aquilo que lá vivemos vai ser sempre nosso, a nossa vida.

A casa nova é gira e, principalmente, nova. A Mariana anda um bocado atarantada. Eu sou atarantada. Na primeira noite só queria estar com a luz acesa e tem sido um castigo para a adormecer. Ainda por cima tem o segundo (sim, ainda só tem um) dente a nascer, o nariz entupido e uma tosse. Detesta as grades ds escadas. Eu morro de stress com medo de me esquecer de fechar as grades. E de me estatelar de vez quando às vezes salto por cima delas. Ainda não consegui arrumar o meu escritório nem limpar o quintal e o terraço. Ainda não atinei com o sítio final das coisas dentro dos armários. O frigorífico está frio demais (estragou-se? por favor não...não quero mais técnicos lá em casa). Não tenho sítio para guardar o balde e a esfregona no andar 0). É muito mais difícil estacionar o carro na rua e ainda não me aventurei na rampa da garagem. Esmurrei o pára-choques no muro da casa em frente, aquela que nós queríamos comprar no início (?!). Gastei quase 100 euros em produtos de limpeza. Não há telefone, mas já voltámos a ter Internet. Ainda não consigo estar contente porque isso é um sentimento demasiado forte para o meu baixo nível de energia actual, mas acho que lá para a semana vou estar. Por agora só queria que passasse a tosse à piolha e não perder as chaves.