story:tell:her

15.4.05

Offline


Porque o pai amanhã vai juntar-se com outros e atirar-se Serra abaixo, eu vou tricotar saudades no ambiente rarefeito lá de cima. Ela vai descansar de nós para Sul, com os avós.

Biónica


O pai desencavou para a mãe uns olhos digitais, um pouco mais míopes do que os do costume, mas que ajudam a guardar memórias na palma da mão. Obrigada.

14.4.05

Teasing


Da azul vieram duas, mas a cinzenta era única... ;-)

Como as cerejas


São não só as conversas das miúdas, mas também as pechinchas. Hoje na feira revirámos gostos, bancas e carteiras. Valeu-nos ter comprado logo bilhete de ida e volta.

A cabeça na Pucca


A Pucca na cabeça



Segundo o teste, eu sou uma pinta vermelha à esquerda e em baixo.

13.4.05

AfterKosuth



Mamã s. f., mãe; onomatopeia infantil de mã... mã < mãe... mãe; a pessoa que mexe no cocó com mais à-vontade (não necessariamente vontade); que janta enfiando um garfo na sua boca e comida, nem sempre com garfo, noutra boca; que veste crianças em movimento, manejando habilmente todas as entradas de membros e dispositivos de fecho; que consegue beijar bochechas mais vezes por minuto do que respira; que lhe cheira o alto da cabeça, atrás das orelhas e a nuca sempre que tem oportunidade; que passa a chamar Pai ao homem que lhe beija a orelha e acha isso giro; que hoje de manhã, pronta para sair de casa, fugiu a corrir duma filha que empunhava uma bolacha babada, ameaçando plantar outra nódoa crocante nas calças tortas e modernaças.

12.4.05

Ao quilo

Literalmente. Projectos de lãs e algodões, com cores fortes para riscas e mesclas. Assim por alto devo ter uns 3 quilos de ideias enoveladas, quase todas para a piolha pois claro. Ontem, fomos e o encontro foi muito agradável. Percebi que a Débora mãe do André é uma menina aos riscos. Percebi que há quem perceba de tricô aos quilos, quilos de pontos, de truques, de peças realmente utilizáveis, até por crescidos. No final atravessámos as ruas já vivas e decidimos que contava como "sair à noite". Tick.

Aprendeu a puxar o choro que puxa colos e mimos. Nas manhãs de semana ensaia várias birras por nada, agarra pernas, cabelos e atenções, encolhe-me o coração e o humor. Distrai-se com papas, tweenies ou gatos e eu saio, desorganizada de cabeça, ombros, joelhos e pés.

11.4.05


Hands-on, Heads-on.

Será o tricô um meme?

Cotton Club


Hoje é dia.

10.4.05


Hoje caçámos um dia perfeito. Esplanámos a manhã no segredo das janelas verdes. Depois, no largo, a Mariana pediu o seu primeiro prato indiano (a versão infantil vem sem molhengas), petiscou chamussa, repetiu o nan e sugou mango lassi. Dormitámos no miradouro, lemos devagar na livraria do canto e atravessámos as ruas da noite com um sol descarado. Acho que vamos ajantarar chá, bolos e preguiça.

[Caça-ventos, Ana Ventura, da feira]

Espontâneo


No nosso jardim. Logo agora que já tenho as saquetas de esperanças aromáticas ali em cima do balcão.

8.4.05

Humor Biotec

Como é que as enzimas se reproduzem?
Fica uma enzima da outra....

Apetecia-me tomar chá.

Sujeito e Predicado 1

Eu procrastino.

do Lat. procrastinare
v. tr.,
deixar para o dia de amanhã; adiar; protelar; demorar; espaçar; deferir;
v. int.,
usar de delongas.

Estado: Usado Como Novo

A 13 de Junho de 1935, Salazar criou a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) por Decreto-Lei n.º 25 495.

Artigo 2.º
A F.N.A.T. tem por fim aproveitar o tempo livre dos trabalhadores portugueses de forma a assegurar-lhes o maior desenvolvimento físico e a elevação do seu nivel intelectual e moral.

Artigo 4.º
São meios de acção da F.N.A.T.:
Em ordem a um maior desenvolvimento físico:
a) Organizar colónias de férias;
b) Promover passeios e excursões;
c) Promover, estimular e organizar desafios, demonstrações atléticas e festas desportivas;
d) Criar cursos de gimnástica e educação física.

Em ordem à elevação do nivel intelectual e moral:
a) Organizar conferências, horas de música e de teatro, sessões de cinema educativo e palestras radiofónicas diárias (dez minutos da F.N.A.T.);
b) Promover visitas de estudo a museus, monumentos e outros locais de interesse histórico, intelectual ou técnico;
c) Instalar bibliotecas populares;
d) Criar cursos de cultura profissional ou geral, música e canto coral.


Claro que a machadada ideológica começa logo ali no "aproveitar o tempo livre". E será que tinham tituleiros para inventar o nome dos organismos públicos?

7.4.05

Glória acima

Por volta do 0082 comprei uns elásticos fininhos para a piolha. São coloridos e vão levantar os primeiros totós da minha menina, que em bom momento fotografarei para oferecer à Glória.

Glória abaixo

Desço a calçada a pé e preparo-me para o ordálio da senha-espera-problema que desespera o Cidadão. Do 0073 ao 0158 ensolarei-me na Baixa, comprei mais livros para a Mariana (e agora a minha mala guincha com os encontrões a um nariz de urso) e desocupei-me na loja de revistas do Xénon, onde eu acho que não quero entrar depois do pôr-do-sol. Saí de lá com dois mundos de pontos e contos.

6.4.05

Memórias 5


Ontem encontrei um amigo na rua por acaso. Tem uma filha duas semanas mais nova que a piolha, trocámos parentalidades por email, mas nunca mais nos vimos, de facto, e à prole. Ele tinha acabado de a deixar na escolinha e conduzia um carrinho de 3 rodas praticamente no mesmo sítio onde, há mais de 10 anos, nos conduzia num número de rodas variável. Onde íamos comer bolos de madrugada, onde subitamente parámos de rir quando um dia o 2CV quase se finou de vez e tivémos que ir de táxi. Nós ríamos muito nesses tempos, em grande parte por causa dele. Há pessoas assim, que são a alma da noite. Que sabem que no Escandinávia havia bons B52, que também ficavam até à valsa do Jamaica, que acreditam que um 2CV sobe até uma parede (desde que vocês desçam já, que com este peso todo de risos não vamos lá).
Ontem encontrei um pai. Falámos das miúdas o tempo todo, trocámos gracinhas e malandrices, num hálito de Halibut sem traço de absinto nem Ti Maria. Ontem rimos muito outra vez, mas não consigo esquecer o encore no Pavilhão dos Desportos, quando o 2CV ainda andava.

Hoje o samba saiu lá lalaiá, procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer
...

Dentadas

Da Rosa, à Ana cheguei a este projecto extraordinário. Agora tenho que ir aqui saciar a minha súbita fome de cadernos.

alea jacta est


Inscrevi a piolha numa escolinha para começar em Setembro. É uma escola normal, fica num sítio conveniente, tem um jardim, uma horta pedagógica e janelas grandes. Tem bibes, oleado no chão e escadas. Tem comida fresca todos os dias, nada é congelado. Tem ginásio e música. Não tem pagamentos dos complementos do complemento do atraso. Tem nome de rainha Santa Isabel, mas não vi lá terços. Tem copos e pratos de plástico amarelo e a mesma educadora até aos 5 anos. Acho que ela vai gostar de lá ficar e eu de lá a deixar. Acho que os músculos do meu coração se vão exercitar muito no próximo ano.

Cacarejo de alegria e apercebo-me de que escolho sempre as mesmas cores.

Estarei eu a nutrir uma pequena Imelda?

Déjà vu

Eu conheço este enredo. A actriz principal do meu filme passou esta noite em trânsito.

5.4.05

Muuuuuuu


Reconhece e imita muitos animais. O pato, a galinha, o cão, o gato, o macaco, o leão, o piu, o Elmer, a vaca. No fim-de-semana enchemos a sala de gado paleolítico e ela encheu-a de mugidos.

Dr Jekyll and Mrs Hyde


Eu já fui bióloga e agora sou mamã.

4.4.05


A feira foi muito melhor do que eu estava à espera. Arruinei-me, mas diverti-me à brava e tenho coisas lindas para mim, para a Mariana e para quem as apanhar.

A diferença está nos €

A partir de dia 4 de Abril, o site do PÚBLICO vai estar diferente.
A assinatura poderá ser subscrita a partir de dia 4 de Abril e até dia 30 de Abril beneficiará um desconto promocional único de 60% pagando apenas 20€ pela assinatura anual. A partir de dia 30 de Abril os preços das assinaturas serão 50€ a anual e 30€ a semestral.

SALgadinho

A Mariana descobriu que os livros são coisas fantásticas. Assim que acorda, e depois dos miminhos, vai buscá-los. Nas ilustrações favoritas dá beijinhos. Agora há uma ajuda para a escolha, que deve ser mais difícil a partir dos 6 anos, que é quando começa o serviço.

1968/2005


Idade do Armário


Adora enfiar-se ali e ficar a conversar com os bonecos da caixa das fraldas. Se calhar está mesmo na hora de ir para o infantário.

Ma chérie


A cereja no bolo do meu dia vai ser a Festa da Primavera, Poesia e Cia, ali no Príncipe Real.

2.4.05

Restaurador Olex

Hoje ao fim da tarde as piolhices deram-me comichão. Pela Rosa, percebi de repente, de rompante, uma série de coisas que nos últimos dias me escapavam, coisas que eu desconhecia, coisas que de algum modo me entristeceram, mas fizeram pensar.
Este blog é recente e eu visito uma meia dúzia de outros blogs. Quando o comecei, enviei um email à família e amigos que dizia algo como, Subject: Eu blogo...Texto: já que não consigo estar com os amigos. Porque (também) é isso que é para mim, uma maneira de estar com pessoas de quem gosto, que a vidinha não deixa aproximar mais. Quando comecei a fazer isto não sabia que pertenceria à categoria dos baby blogs, porque eu não sabia de categorias e não sei se quero saber. É sobre mim e a minha filha e é sobre mim com filha porque é isso que eu serei para sempre, uma mamã.
As fotografias são uma graça e são esquinadas de propósito. Eu não apareço de frente de propósito, por pudor, e se a minha filha aparece mais exposta em algumas foi por descuido ou vaidade. Porque é bonita, porque é minha e eu acho-a linda. Mas foi essa vaidade que me incomodou esta tarde. Foi o meu ego que me deu comichão. Que eu não sou, nem quero ficar, esquizofrénica da pedofilia. Que nós não cerramos as janelas cá de casa. Que nós não temos a mania, paroquial e self-centered, dos cortinados com medo das luzes acesas. Mas a vaidade, a percepção de que o desleixo foi por pecado, essa merece reparo. Reparei uma meia dúzia de imagens. Porque o que é natural e fica bem é cada um usar o cabelo com que nasceu*.

*P.S. Já pintei o cabelo de vários tons de castanho, avermelhado, ruivo e louro. Acho graça a quem pinta o cabelo, genuina e descomplexadamente. Porque tontas são as infelizes.

1.4.05

Mummy's fool

A minha filha dorme a noite inteira, sem acordar, nem choramingar, nem dar tolas na cama. Acorda sempre depois das 8h30m. Não pede leitinho de noite. Não faz fitas para mudar fraldas, não me foge meia despida nem tenta engolir o creme do rabinho. A minha filha nunca faz porcarias à mesa. Nunca lhe dá uma maluca e vira o prato e depois espalha os grãos de arroz. Não, não. E também não atira tudo o que alcança e se lembra para dentro da banheira enquanto tomo duche. Também não come a espuma do banho nem lambe os sapatos, e especialmente os chinelos. Não foge rua fora se apanhar a cancela aberta nem tropeça nas pedras tortas, porque escolhe sempre os caminhos mais direitos e fáceis. A minha filha não guincha só para me ouvir ralhar-lhe. Não desmacha a estante e nunca, mas nunca conseguiu arrancar um vinil do pai da prateleira.

Para a outra margem



PASSAGENS - 100 Peças para o Museu de Medicina
Foram seleccionadas 100 peças da Faculdade de Medicina de Lisboa pertencentes aos seus institutos, laboratórios e clínicas universitárias, que dialogam com importantes obras do Museu de Arte Antiga.


A ver. A ver com atenção. E depois lanchar no jardim mais recatado das Janelas Verdes.

Mi cama es su cama

Ai, ai, ai, a situação está um bocado descontrolada. Não quer dormir na cama dela e eu quero voltar a dormir bem na minha. Nunca tal coisa foi encorajada, mas às vezes o discernimento e a resistência às quatro da manhã não são os melhores e levava-a. E devolvia-a. Agora as devoluções estão mais difíceis. Não gosto disto, não acho bem nem confortável. Gosto que seja um mimo, não uma exigência. Socorro. Ayuda por favor.

31.3.05

Silly Season

Declaro hoje a abertura oficial da época das birras. Gritos, guinchos, lágrimas, soluços, muita ronha e muita escola para um piolho tão pequeno. Não sei se foi da noite mal acordada, dos nervos que aquele soluçar me provoca ou de alguma coisa comida, passei o dia mal-parada, com as tripas revoltadas e a cabeça leve, leve demais. Ainda consegui ir vacinar a criança, mas apeteceu-me atropelar um velhinho no parque de estacionamento que insistia em comandar o trânsito. Definitivamente, não me sinto bem, nem uma pessoa de bem. A revolta das minhas tripas impediu-me de alimentar a minha filha a algo mais do que puré de maçã (e ainda lhe roubei um bocadinho), papa, leite e bolachas.
Mais lágrimas e gritos e apertos nas tripas para a sesta depois de almoço. Está perdida de sono, mas não me deixa pô-la na cama. Na cama dela. Extenuámos as duas na minha cama e lá descansámos um bocadinho. Saímos (está tanto calor!) em busca de tachinhos e panelinhas na lojinha dali, para ver se eu volto a conseguir fazer o jantar verdadeiro sem "ajudas". Voltamos com um puzzle de animais que é possível recombinar em criaturas transgénicas. Insistiu no colo enquanto espiolho os sítios do costume (onde estás mãe tonta?), viu este post, apontou e disse Mamã.

30.3.05

Impressões


Se hoje é dia, gosto deste. Não gosto muito é de visitar museus exclusivos porque a dada altura a admiração banaliza-se e parece que já não dou valor. Com este lembro-me de acontecer isso. Olha, mais um. Olha, outro.

Games-to-teach et al.


Lembram-se?
Parece que os jogos têm um papel relevante na educação informal. Claro que com esta desculpa séria hoje lancei a desgraça na minha sala de trabalho.

P'ro Pé


A Mariana precisa de sapatos. Eu acho a maior parte dos sapatos uma chatice. Mesmo os dos putos, ou talvez ainda mais os dos putos, para os quais não há desculpa. Por enquanto ela usa daqueles da Lisbonense, de carneira, mas vem aí o bom tempo e o pé cresceu.
Está a ficar vaidosa, a minha piolha. Pede-me para por uma fita, já aguenta os ganchos e quer ver-se ao espelho. Percebe perfeitamente quando tem uma roupa nova e pavoneia-se. Adora a escova e pentear-se. Quer pentear a mamã, o chão, as paredes e os móveis. Ando à espera de mais uns cabelos para experimentar um elástico. Já não é um bebé, é uma menina. E estes ténis ficavam-lhe mesmo bem.

29.3.05

Aritmética do sono

Numa palavra: sono.
Duas palavras: com sono.
Três palavras: com muito sono.
Quatro palavras: por culpa da Mariana.
Que foi deitada connosco por causa do meu medo dos vómitos e putativos engasganços e isso. Que não fica quieta na nossa cama nem dois minutos, em constante rotação sobre si e nós, puxando-me o cabelo, arranhando, roubando toda a almofada, horizontalizando-se nas duas almofadas ou, e isto dói, atirando com a cabeça em cima da minha cana do nariz. Tudo a dormir. Ela, claro. Eventualmente, foi despejada na caminha dela que já não devia haver nada no estômago dela e havia muito cansaço no nosso. Só que lá para as cinco e tal acordou com este tatá, que nós lhe oferecemos ontem e que eu, sim MEA CULPA, deixei com o alarme ligado.
Uma palavra: totó.

Embrulhados

Era como a piolha ontem tinha o estômago. Quando cheguei a casa vomitou um bocadinho, mas depressa ficou bem disposta. Ao jantar tentei convencê-la a mastigar pãozinho torrado, com uma lambidela de doce. Foi indo até ver que nós tínhamos comida de verdade, incluindo arroz. Dei-lhe uns bagos. Comeu com tanto gosto que lhe dei mais. Comentei com o pai que o médico não queria que se desse comida a um estômago vomitado. Continuou a comer alegremente mais bagos. Terminámos todos e pediu para lavar as mãos (é uma novidade e adora estender os braços para agarrar a água que sai da torneira). No sofá, deitou a cabeça no meu colo e, de repente, sairam todos os bagos. O médico tinha razão. Coitadinha, tinha um ar assustado e um lamento fininho, que a minha filha não é nada caguinchas. Mudei-nos a roupa, lavámos a língua (e as mãos, pois) e adormeceu na caminha de almofadas da sala. Vigiou-nos enquanto nos aventurámos com a Polly e o Sky Captain e depois fomos todos trambolhar para a cama. Hoje, o creme de arroz ainda está todo na barriga, viva. Eu ainda tenho o coração um bocadinho embrulhado.

28.3.05

Wish list 7


Ou umas verdes com cabeça de sapo, que eu nunca cheguei a ter quando era miúda...

Wish list 6

Um cabelo liso.
Liso, daqueles que se penteiam e ficam brilhantes. Daqueles que permitem ver as tesouradas desorientadas e modernaças. Daqueles que suportam um dia de chuva sem encaracolar a paciência até parecer um microfone. Pufavor.

27.3.05

Sementeira


Este é o "jardim" cá de casa. Acho que vou plantar salsa, coentros, manjericão e hortelã. Por exemplo. Eventualmente. Os vizinhos do lado plantaram ladrilhos.

87/16

Meses. Nossos. Dela. Parabéns.

Mini-diary


Wireless, Workless, Sleepless, Playful, Joyful, Full. Of crumbs, do folar, everywhere. Quatro dias inteiros. Prova superada.

Mini-Biblioteca


Enquanto não sabe escrever, eu carimbo em forma de assim. Também pode ser em lilás.

Salada


Desde miúda que adoro escolher as cores. Dos lápis, das canetas, dos papéis, das lãs. Em casa da minha mãe ainda se encontram estojos cheios de relíquias de feltro e minas quebradas. Na época de exames da faculdade, cada disciplina tinha um look gráfico que uniformizava apontamentos. Era essencial escolher o papel e as canetas antes de começar a estudar.
Aqui em Oeiras há uma loja de lãs muito simpática com cores que me adoçam as manhãs de sábado, quando vimos do parque e a piolha dormita no carrinho ou cabriola com o pappy no adro da igreja.
Entretanto arquitecto riscas (apetece-me riscas) de cores fortes e continuo sem conseguir ser fiel ao padrão da revista.

26.3.05


Estado Novo, estado velho.

Acabámos dentro de água.

Z-ó-ó.

Anda a apetecer-me lilás.

Lácteo


Não sai de dentro para fora, mas entra de fora para dentro.

O Elmer não estava lá.

Os ursos foram os preferidos. Foi difícil sair de lá. Do parapeito.

...à zebra.

Da avestruz...

Mas bom mesmo é pedir um elevador de colo e ver, ver tudo de cima.

Sentámo-nos nos degraus, como agora gostamos tanto de fazer. Qualquer pequeno ressalto do chão se transforma num pequeno banco, qualquer desnível é subido e descido, muitas vezes, como treino.

Ontem fomos ao jardim zoológico. Quando penso muito nisso, este misto de jardim, didáctico, lúdico, mas enjaulado, causa-me dúvidas. Lá dentro prefiro os recintos às jaulas, fico contente quando vejo que há filhotes e, em boa verdade, divirto-me. A Mariana divertiu-se muito e isso, isso foi muito fixe.

24.3.05

Pappy, tem paciência


Ó pá não consigo estar sempre a ralhar e a tentar explicar a diferença entre os Tweenies e o James Bond!

Pela boca

A solução é deixar de cozinhar especialmente para ele e respeitar o que está a tentar dizer: "Quero comer por mim próprio".[...] É preferível desistir, por uns tempos, de grandes limpezas.[...] Embora a malnutrição seja um terrível problema mundial, não é provável que afecte as famílias que lêem este livro.

15 meses, T.B. Brazelton, O Grande Livro da Criança

Hoje, o almoço era ovo mexido com pedacinhos de legumes e queijo. Estava mesmo bom. A cozinha ficou com uma patine proteica que mo lembrará durante os próximos dias.

Cinco euros e assim meia torta, como me anda a apetecer. Não havia em verde.

Miúdas!


Hoje é quinta feira, não há feira da ladra, mas há feira de Carcavelos. Há anos que lá não ia. Durante anos só lá ia. Ontem, a amiga falou na feira e hoje, primeiro dos 4 dias em que vamos aturar-nos uma à outra de seguida, lembrei-me de levar a piolha numa excursão tipicamente de míuda. E fomos*. E divertímo-nos à brava. Mexemos e remexemos, comemos farturas e voltámos com um balão redondo e coisas giras e baratas, como estas. A minha filha já é uma companheiraça.

*Que a amiga cor de canela não o tome como uma traição! Lá voltarei assim que combinado.

23.3.05

Croquete

Ainda não comeu, mas aposto que gostava. Já não tem paciência para sopas e purés. Quer comer sozinha. Por enquanto entorna sozinha enquanto eu, dissimulada, enfio colheradas mascaradas de brincadeiras. Quer um garfo. Gosta de queijo, feijão preto, grão, bacalhau e farinheira. Adora arroz e massa, manga, pera e até já comeu uma pontinha de banana (que odiava). Chama "pão" a tudo, mas sabe muito bem distinguir o croissant que eu tento esconder. As bolachas de água e sal satisfazem tanto como as Maria. O iogurte é a melhor coisa do mundo, especialmente se enriquecido com bolacha e puré de manga. De manhã, enquanto eu me demoro a apanhar os livros, as meias, as toalhas, os cremes do chão, aponta para as escadas e abre e fecha a boca, com barulho. Vamos mãe, lá em baixo há Cerelac quentinho.

22.3.05

Coquete

E não é que ontem ao jantar começou a fazer olhinhos e a pestanejar tipo Betty Boop? Fica tão gira... onde é que ela aprendeu a fazer isto?

Estamos sem email e com uma Internet disfuncional. Uma catástrofe. Mordisco a caneta para aliviar a privação. Até posso fazer outras coisas, mas perturba-me não poder googlar quando me apetece. Como "The request URL could not be retrieved"?