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6.11.05

De Baixa



Ontem ensolarámos a manhã na Baixa. Fomos de comboio, uma excitação. "Fecha a póta!", imperiava a piolha, que as portas (e as gavetas e tudo o que mexa) são para fechar (e abrir e fechar e abrir e fechar, com sorte sem entalar). A excitação da locomoção, o sol quentinho, o "máie" que se via da janela, as subidas e caídas do banco, com tudo adormeceu na Rua do Arsenal e só voltou a acordar quando a mãe escolhia canetas. Escolher canetas é uma coisa séria e ainda leva o seu tempo. Fomos comer "bolinho" à Confeitaria Nacional, espaventar os pombos no Rossio, Chiadar. Empurrei-nos mais de duas horas pelos meus locais preferidos, que eu gosto muito da Baixa. O pai resgatou-nos mesmo a tempo, quando um senhor que partilhava o muro connosco nos confidenciava que não se podia vir às compras com mulheres e que já se tinha sentado mais de 50 vezes. Achámo-lo um exagerado, não foi filha?