story:tell:her

15.4.08

Tenho o cheiro do salmão nas mãos. A minha miúda adora salmão. Fresco e fumado. Durante uns tempos pensou que era fiambre. Eu desfiava-o e aldrabava-a. Nunca a consegui enganar com o bacalhau.
De resto, nada de novo. Comecei a usar ganchinhos que é o que acontece a quem corta o cabelo e depois não sabe viver a coisa. Já tenho as Birks do ano, mas não há meio de por os pés de fora. Não tricoto nada, mas encontrei a revista num escaparate nacional. Tenho vários ppt na agenda e já sinto alguma culpa por reciclar tanta conversa. O mundinho é demasiado pequeno para a repetição, estou sempre à espera de vislumbrar uma vítima anterior na plateia.
A verdade é que sinto o ciclo a fechar. Uma restlessness, um vento que sabe o meu nome.