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17.9.07

Os melhores anos da minha vida. Sei lá eu quantos, quais, quando, se os há. Assim inteiros, anos inteiros, de Setembro a Setembro que é como se contam os anos; os melhores. Sei lá, nunca acreditei nisto dos tops.
Voltámos à conversa do depois é que vai sendo. Agora que os miúdos já não têm fraldas, têm skates.
Cá está, já nunca vou ter um skate. Será isso um problema, um desconto na vidinha ou apenas uma sorte para os meus joelhos? Eu gostava de ter um skate. Assim pela onda. Gostava de justificar umas calças largas e uns (des)atacadores, de aterrar no jardim das Francesinhas, ali ao lado da Assembleia.
Também falhei a prancha e umas tardes espelhadas na Ericeira a ver um namorado de borracha a cair e a levantar-se. Tomara que o marido não caia lá no BTT.
Não me apetece nada ter 20 anos. Tinha o cabelo comprido, brincos desiguais e já gostava de roxo, mas era menos assumido, como quase tudo.
Esta semana chego aos 35 e já vou poder candidatar-me a presidente da república. Mas isso também não me apetece.