story:tell:her

15.4.07

Acordei do mesmo sonho, aquele com quem durmo aflita e acordo aliviada. Hoje eram umas cadeiras de análise ou coisa que as valha. O pior de tudo é não me compreender no sonho, não perceber porque não estudei e me sujeito ao enxovalho da minha própria expectativa. Parece que é um clássico, isto de sonhar falhas. Outro dia, várias gerações partilhavam as angústias dos olhos fechados e culpa aberta. Os mais velhos recordam inevitavelmente o liceu; comigo é mais à frente. Uma canseira.
Mesmo irritante é acordar disto às 7h10 e, obviamente, não voltar a adormecer. A menina dormiu fora e eu acordo às 7h10 com chumbos de econometria. Parola. Sou uma parola. Há meses que me queixo de ser sempre acordada, de não deixar o corpo decidir o ritmo, de sopetar do edredão e aterrar no armário, na ombreira, na agenda. Bugger.
Aproveitei e comecei a esfregar-me com o loofah. Tenho-o desde a Escócia, mas só o descubro na altura das intervenções estivais. Também comecei a esculpir. Sente-se um frio e não fica peganhento. Já é bom sinal. Sempre me sinto menos ridícula.
Tenho a laica ao pé da porta. Já lá vou. Ainda devem estar a dormir.