story:tell:her

23.2.08

discrevo

Imagino que deixei a minha para ventriloquar a ciência dos outros. Faço-o de muitas maneiras diferentes e ainda não me arrependi. É verdade que às vezes pingo uma nostalgia breve - acabo de segurar o meu velho livro verde - mas já nem os motores me encontram o passado e tão somente a metainvestigação.
Reincido na tra(ns)dução com dois textos da conferência; um homem livre e uma das pouquíssimas mulheres.
Aprendo o significado de bestow: Ana bestows herself in far too many activities and she is a little tired.
Literalmente, a tradução estranha-se e depois entranha-se. Fica-se possuído pelas ideias dos outros, dá-se-lhe uma nova voz, que não tinham porque as palavras não são iguais em todas as línguas. Imagino como será fazer traduções literárias. Replicar o meme com respeito e honestidade.
Às vezes é difícil não esgravatar o texto e aparecer. Não arrebitar ou corrigir o discurso. Traduzir é um exercício de discrição, não de descrição.
Calha-me bem, que funciono melhor na média luz*.

*Se fosse um candeeiro era um daqueles verdes, de biblioteca americana.